Sem fatura, sem despesas, sem condições. Preço dos quartos para estudantes em Aveiro duplicou em cinco anos. Estudantes culpam “turismo”
  • há 7 meses
Joana Regadas estuda em Aveiro há 5 anos, vinda de Lousada, e sabe o que custa arranjar uma casa. Os alunos universitários procuram quartos baratos, sem fatura, mas a falta de contratos é um perigo escondido.
“Tinha um quarto numa casa pequena, com uma casa de banho a dividir por quatro pessoas. Pagava 170 euros”, começa por contar Joana. “Este ano surgiu a oportunidade de mudar para um quarto maior com casa de banho privada. Falei com a senhoria e combinámos 200 euros, sem contrato. No entanto, já depois de me ter mudado, a senhoria quis aumentar a renda para 300 euros, devido à procura que tem havido”.
A história de Joana não é única. Milhares de alunos procuram casa ou quarto em Aveiro todos os anos, saídos do secundário e prontos a entrar na vida universitária. Os preços altos encaminham os estudantes para quartos pequenos sem contrato ou fatura, um “perigo” – alerta a Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUA). Os alunos podem ser forçados a sair de casa a meio do ano, só porque os senhorios encontram quem esteja disposto a pagar mais.
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