Momento Empresarial: Dívida pública tem alta de 3,07% em junho e atinge R$5,33 trilhões, diz Tesouro

  • há 3 anos
A dívida pública federal em títulos – que inclui os débitos do governo no Brasil e no exterior – registrou alta de 3,07% em junho, na comparação com o mês anterior, e atingiu R$ 5,33 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta quarta-feira (28).

A dívida pública é emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal. Ou seja, são empréstimos feitos para pagar despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.

Segundo o Tesouro Nacional, o crescimento em junho é explicado pela emissões de títulos da dívida que somaram R$ 138,13 bilhões, além da contabilização de R$ 20,60 bilhões em juros.

Dívida pública interna

Em junho, ainda segundo dados oficiais, a dívida pública interna (que considera só os títulos vendidos dentro do Brasil) cresceu 3,29%, chegando a R$ 5,103 trilhões. Já o estoque da dívida pública externa caiu 1,77%, indo para R$ 226,67 bilhões.

Projeção para 2021

A expectativa do Tesouro Nacional é de que a dívida pública continue a crescer nos próximos meses, e que termine o ano entre R$ 5,5 trilhões e R$ 5,8 trilhões.
Ao fim de 2020, a dívida pública federal atingiu R$ 5 trilhões, impulsionada pelas despesas extras para combate à pandemia de Covid.

Prazo

O coordenador de operações da Dívida Pública destacou o alongamento do prazo médio da dívida pública federal. O prazo médio dos títulos públicos emitidos em junho foi de 4,6 anos. Segundo o Tesouro, é o maior valor desde março de 2020.

O alongamento do prazo da dívida é importante para não pressionar o Tesouro no curto prazo. No ano passado, por exemplo, o mercado exigiu títulos mais curtos e com prêmios maiores devido à pandemia de Covid.

"Nós temos observado ao longo dos meses de 2021 uma melhora dos mercados, uma recuperação ao que observamos em 2020. Isso tem ocorrido de forma gradual e consistente. Não temos nenhuma evidência que esse movimento seja temporário ou vinculado a um movimento específico que tenha ocorrido nesses meses".
Sobre temores com o avanço das infecções pela variante Delta, o coordenador explicou que, se a variante se espalhar, trará volatilidade (incertezas no mercado), mas não há uma projeção do impacto na emissão dos títulos.

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