Sanchez abandona liderança do PSOE e abre espaço a novo governo Rajoy

  • há 8 anos
Pedro Sanchéz ameaçou bater com a porta caso não tivesse apoio na sua estratégia, mas mesmo assim o Comité Federal do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), a principal força da oposição em Espanha, recusou as propostas do líder para a realização de primárias antecipadas a 23 de outubro e de um congresso extraordinário a 12 e 13 de novembro. O líder foi batido por 133 votos contra 107.

Directo #ComitéFederal | Sánchez: “Hoy más que nunca hay que estar orgullosos de militar en el PSOE” https://t.co/RX8Rbb2JgV pic.twitter.com/N4V6frNUOq— EL PAÍS (@el_pais) 1 de outubro de 2016


O secretário-geral do PSOE cumpriu a palavra, desfez a comissão executiva federal, que liderava há dias após a demissão de mais de metade dos membros da direção socialista, e ele próprio apresentou a demissão de líder do partido.

“O resultado da votação (no Comité Federal) foi adverso à proposta feita pela comissão executiva federal. Como consequência e tal como alertei sexta-feira, se a minha petição e a proposta da comissão executiva federal não prosperassem, como é lógico eu não poderia administrar uma posição que não partilho”, justificou Pedro Sanchéz.




A demissão confirma a crise interna do partido e as rupturas face ao caminho a seguir pelos socialistas no parlamento espanhol. À saída do já ex-líder, alguns militantes concentrados junto à sede do partido não esconderam o apoio a Sanchez.

Ferraz: “¡Pedro!, ¡Pedro!” #ComiteFederal pic.twitter.com/ynYf3Be0sZ— El Huffington Post (@ElHuffPost) 1 de outubro de 2016


O socialista garante, ainda assim, sentir “orgulho em ser militante do Partido Socialista”. “Em consequência, a Comissão de Gestão, que surja nas próximas horas do debate que legitimamente está a decorrer no Comité Federal, contará com o meu apoio leal, com o apoio que sempre pedi e que afortunadamente tive em muitíssimas ocasiões da minha organização nestes dois anos tõ intensos”, prometeu.

A Comissão de Gestão terá como prioridade a marcação de um congresso federal para a renovação dos órgãos de direção do Partido Socialista.

Esta renúncia de Pedro Sanchez, não só abre espaço à nomeação de uma nova liderança do partido, como também à abstenção socialista no parlamento, o que deverá permitir a Mariano Rajoy e ao Partido Popular, a quem faltam apenas seis deputados para a maioria absoluta, formarem um novo governo.

Se um novo executivo surgir antes de 31 de outubro, o Rei Felipe VI evita ter de marcar as terceiras eleições no espaço de um ano em Espanha, país governado por um executivo em meras funções há mais de nove meses.

Os “memes” do Comité Federal do PSOE deste sábado

3ª temporada de #ComiteFederal pic.twitter.com/wh41bvHfbZ— Sita Cafeina (@isabel_ecogest) 1 de outubro de 2016


Interior de Ferraz #ComiteFederal pic.twitter.com/D3CxyV5ZzJ— Lou ® ©™ (@Lou_Gravesen) 1 de outubro de 2016


A porta pechada do #ComitéFederal do #PSOE é como Windows. É o software máis libre porque todos o piratean #MinutoYRes

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