PDU corrre risco de ser rejeitado (A Gazeta - 1979)

  • há 19 dias
Texto de Friederick Brum Vieira
Fotos de Sérgio Padua

O Plano Diretor Urbano de Vitória corre o risco de ser rejeitado na Câmara de Vitória. Esta possibilidade existe em função das posições manifestadas por três vereadores, que se colocaram contra o projeto, dispostos a vetá-lo na íntegra; por dois que, embora não tenham se definido claramente ainda, também pendem para esse lado; e por quase todos os demais, que fazem sérias restrições aos principais pontos do PDU.

O prognóstico se torna ainda mais simples se for considerado que com o voto contrário de apenas cinco vereadores o projeto pode cair. Este número perfaz um terço do quórum existente, já que o presidente da Casa não vota. Poderia, assim, ser engavetado um plano que custou cerca de R$ 1,8 milhão e que consumiu anos de trabalho da equipe de técnicos da Fundação Jones dos Santos Neves e de uma consultoria de outros estados.

Em contrapartida, estaria evidenciada a rejeição popular de um projeto que não obteve a simpatia de seus representantes e a falta de entendimento entre os poderes Executivo e Legislativo.

Já protocolado na Câmara, o PDU aguarda agora a decisão de se criar ou não uma comissão especial para estudá-lo, ouvindo técnicos e representantes de órgãos relacionados ao assunto.

Somente depois é que o projeto será enviado às comissões de Justiça e Finanças, onde receberá pareceres e então será votado pelos vereadores. Para a discussão da questão, há a polêmica que foi criada em torno do assunto, em que dois vereadores do mesmo partido já classificaram o Plano como sendo "ditadura" e "socialista", o que, se não diz muita coisa, pelo menos torna evidente que poucos da comunidade leram o projeto até o fim.

Recomendado