Delação de Mauro Cid afeta trabalho da CPMI do 8/1? Maia responde

  • há 8 meses
O presidente da CPMI do 8/1, deputado Arthur Maia (União-BA) disse, nessa quinta-feira (22/09), que a delação premiada do tenete-coronal Mauro Cid - que revelou uma reunião golpista entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os comandantes das Forças Armadas - traz "novas perspectivas à investigação, mas descartou a reconvocação e um novo depoimento do ex-assistente de ordens do presidente a Comissão.

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O que era uma grande dor de cabeça virou um pesadelo para o ex-presidente Jair Bolsonaro: a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens.

As revelações do oficial do Exército também criaram grande constrangimento para a cúpula das Forças Armadas, porque o militar descreveu reuniões do presidente com seus ex-comandantes, um dos quais, o da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, que teria manifestado disposição de apoiar um golpe de estado caso recebesse ordens de Bolsonaro.

Mauro Cid confirma que havia uma conspiração golpista liderada pelo ex-presidente da República, com a participação do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, em cuja casa foi encontrada uma minuta de decreto golpista, e de militares de alta patente.

Seu depoimento à Polícia Federal, já depois do acordo de delação premiada, está sendo corroborado por agendas de seus auxiliares diretos. Houve encontros com os comandantes militares após o segundo turno das eleições, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já estava eleito. Mauro Cid revelou o teor dos encontros.

A repercussão mais imediata desses fatos se deu na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), cuja relatora, Eliziane Gama (PSD-MA), havia apresentado requerimentos para convocar o ex-chefe de gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, na próxima semana.

Presidente da CPMI, o deputado Artur Maia (PP-BA), evita pôr em votação requerimentos que tensionem ainda mais as relações entre o governo e a oposição na comissão e pretende encerrá-la dentro do prazo, sem prorrogação, ou seja, em quatro semanas.

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