Despedida de VETTEL da FERRARI emociona por ternura, carinho e respeito | GP às 10

  • há 3 anos
O GP de Abu Dhabi do último domingo foi muito longe de ser uma corrida marcante e emocionante. Mas, no aspecto histórico da coisa, a prova em Yas Marina representou o ponto final e o encerramento de ciclos para muitos pilotos do grid da Fórmula 1. Este é o assunto abordado por Flavio Gomes no GP às 10 desta terça-feira (15).

Foram muitas as despedidas em Abu Dhabi: se despediram da Fórmula 1 três pilotos: Romain Grosjean, Kevin Magnussen e Daniil Kvyat. Sobre Pietro Fittipaldi, ninguém deve construir nenhuma ilusão sobre Fittipaldi voltar à Fórmula 1. Fez as suas corridas com dignidade, mas não vai voltar no ano que vem, analisa o jornalista.

Daniel Ricciardo fez sua última corrida pela Renault e, na última volta correndo pela equipe de Enstone, fez a melhor volta da prova, assegurando o ponto extra na despedida. Era um piloto que estava comprometido desde sempre e até o fim com o trabalho pela equipe.

Outro que se despediu foi Carlos Sainz, que saiu da McLaren para correr pela Ferrari. E a McLaren, graças aos resultados de Sainz e de Lando Norris, conseguiu terminar o Mundial de Construtores em terceiro. Ótimo ano para a McLaren.

A despedida de Sergio Pérez da Racing Point foi emocionante, em meio às lágrimas por conta da quebra de motor. Mas foi um super campeonato do mexicano, que venceu o GP de Sakhir.

Mas a despedida mais marcante foi a de Sebastian Vettel da Ferrari. Foram 119 GPs, 14 vitórias e 12 poles. Conseguiu dois vice-campeonatos, mas não conseguiu o que todo mundo achava que ele poderia conseguir quando se juntou à Ferrari em 2015. Em 2020, a Ferrari fez seu pior campeonato desde 1980, 40 anos atrás. Nos 39 campeonatos seguintes, a equipe nunca ficou abaixo do quinto lugar. Neste ano, ficou em sexto.

Mesmo num ano tão ruim, com um motor fraco, reflexo do que aconteceu no ano passado, Vettel foi com dignidade até o fim, sem arrumar encrenca com ninguém. A despedida via rádio foi muito emocionante, com Seb cantando uma música, em italiano, em despedida aos colegas da Ferrari. Foi um momento de tamanha ternura, carinho, de um piloto pela história de uma equipe, que a gente não deve deixar passar. Não devemos banalizar o que o Vettel fez, opina Gomes.

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