Procuradora Regional retoma investigação da Guerrilha do Araguaia
  • há 6 anos
Pela primeira vez, após ser constituída em dezembro de 1995, a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, realizou uma audiência pública na cidade de Marabá, da região do Araguaia, palco de um dos principais focos de resistência à Ditadura Militar, e que ocorreu entre 1972 e 1975.

O encontro, promovido no dia 2 de dezembro, foi coordenado pela Procurador Regional da República, Eugênia Gonzaga que, em entrevista a Luis Nassif, explicou a importância da reunião para dar prosseguimento às investigações do conflito por um dos olhares menos explorados dessa história já pouco conhecida pelos brasileiros: o da população local, que antes da chegada dos militares conviveu amistosamente com os guerrilheiros e teve forte influência na malsucedida primeira incursão do Exército na região.

Araguaia é o nome de um grande rio que banha quatro estados, entre eles Tocantins e Pará, e foi na divisa entre eles que o conflito ocorreu, no meio da selva amazônica. Eugênia destaca que os perseguidos políticos começaram a chegar em maior número na região por volta de 1969, logo após a promulgação do Ato Institucional nº 5, em dezembro de 1968, e que caçou todos os direitos políticos. Dali foi iniciada a fase mais violenta da ditadura militar brasileira.
Recomendado