Irmãos sírios dão cartas sobre o gelo

  • há 7 anos
A família Al-Masri chegou ao Canadá em 2016 na vaga de 25 mil refugiados sírios acolhidos pelo país norte-americano. O hóquei em gelo nunca tinha desempenhado um papel importante na sua vida mas tudo mudou após a travessia do Atlântico. Para trás ficou o futebol… mas só depois de ultrapassar as dificuldades iniciais.

Mohammed Al-Masri, de apenas 10 anos, admite que a primeira dificuldade foi habituar-se aos patins: “Estava sempre a treinar. A minha treinadora dizia-me para não desistir. Comecei também a patinar para trás nos treinos e agora já o sei fazer. Continuo a marcar muitos golos e agora patino muito bem.”

Os irmãos Al-Masri são agora as estrelas na sua equipa local, em Otava, destacando-se entre miúdos que jogam praticamente desde que nasceram. O desporto tem desempenhado um papel fundamental na troca de experiências.

Hamada Al-Masri, três anos mais velho que o irmão, recorda uma conversa com um companheiro de equipa: “Perguntou-me como eram as regras na Síria. Disse que eram diferentes do Canadá, no Canadá quando andamos de bicicleta precisamos de um capacete, na Síria não.”

Mais regras que na prática se traduzem numa vida mais simples para a família Al-Masri. O hóquei em gelo foi fundamental na sua integração num novo país, ou não se tratasse do incontestável desporto rei no Canadá.