ONU denuncia mortes e violações de direitos humanos

  • há 7 anos
O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos acusa as forças de segurança venezuelanas de “maltratar” e “torturar” manifestantes e detidos de forma “generalizada e sistemática.”

#VenezuelaConclusiones de un equipo #ONU apuntan a patrón de violación de #derechoshumanos durante manifestaciones https://t.co/8gppx0qX2t https://t.co/JFwMNweCVv— ONU Derechos Humanos (@ONU_derechos) August 8, 2017

A estas acusações somam-se as de responsabilidade do regime pela morte de 46 manifestantes e pelas mais de 5 mil detenções arbitrárias desde abril. Outras 27 mortes – de um total de 124 mortes investigadas – foram atribuídas a grupos armados conotados com o Governo de Nicolás Maduro conhecidos como “coletivos”. O apuramento da responsabilidade pelas restantes mortes ainda não está claro.

Choques elétricos e recurso a gases tóxicos figuram entre os métodos de tortura alegadamente usados, aos quais se somam ameaças de violência física e sexual contra familiares dos detidos. As conclusões, conhecidas esta terça-feira, constam de um relatório preliminar apresentado.

Em conferência de imprensa em Genebra, na Suíça, a porta-voz das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani precisou detalhes: “O alto-comissário diz que estas violações ocorreram no contexto de uma degradação do Estado de Direito na Venezuela com ataques constantes do Governo contra a Assembleia Nacional e o gabinete do procurador-geral. A responsabilidade das violações dos direitos humanos que estamos a relatar recai ao mais alto nível do Governo. O alto-comissário insta as autoridades a pararem imediatamente de usar força excessiva contra os manifestantes, a terminarem com as detenções arbitrárias e a libertarem os que foram detidos arbitrariamente.”

Venezuela: Responsibility for human rights violations we are recording lies at highest levels of Govt – #Zeid https://t.co/IlLa9opB9Z pic.twitter.com/tlAMtNPJNK— UN Human Rights (@UNHumanRights) August 8, 2017

À falta de uma resposta das autoridades venezuelanas a um pedido de entrada de uma equipa na Venezuela, a ONU acabou por realizar a investigação à distância e no Panamá

As 135 entrevistas realizadas com vítimas, familiares, organizações da sociedade civil, médicos, juristas e jornalistas foram vitais para as conclusões extraídas.

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