Oposição quer referendo não-vinculante a reformas de Maduro

  • há 7 anos
Com agências

A Mesa da Unidade Democrática, coligação que agrupa os principais partidos da oposição venezuelana, quer organizar um referendo não-vinculativo no próximo dia 16 de julho, com o objetivo de conhecer a posição da cidadania sobre as reformas do presidente Nicolás Maduro.

Segundo o diário venezuelano El Universal, o referendo proposto pela MUD deverá contar com três questões. A primeira pergunta é relativa à Assembleia Nacional Constituinte e à sua pertinência. A segunda é relativa ao papel a assumir por funcionários públicos e Forças Armadas Nacionais (FAN) para que o país volta ao que definem como “ordem constitucional”. Finalmente, a terceira questão relaciona-se com a possibilidade que seja formado um Governo de “unidade nacional,” ao qual deverão seguir-se eleições gerais.

MUD propone un referendo el 16 de julio para decidir destino de #Venezuela https://t.co/IDj508×6M2— El Universal (@ElUniversal) 4 de julho de 2017

O presidente Nicolás Maduro, no entanto, defende que só a Assembleia Constituínte pode trazer a paz à Venezuela. Defende também uma série de mudanças na Constituição do país, aprovada em 1999, durante a primeira presidência de Hugo Chavez.

Nicolás Maduro foi ministro dos Negócios Estrangeiros (Relações Exteriores) de Hugo Chavez entre 2006 e 2013 e vicepresidente executivo da Venezuela, entre 2012 e 2013.

Em 2013, enquanto presidente em funções, procurou nas urnas a legitimidade para governar. Venceu as eleições, mas por escassa margem – cerca de 200 mil votos – deixando a oposição mais fortalecida do que nunca.

O descontentamento social provoca um e o desgaste do Governo sem precedentes, desgaste que beneficiam a oposição, mais forte do que nunca desde a subida de Chavez ao poder, quase duas décadas antes.

A Mesa da Unidade Democrática incorpora grupos com tendências economicamente liberais, socialmente conservadoras, sociais-democratas e democratas cristãs, conseguiu a maioria na Assembleia Nacional.

A crise económica, financeira e social mergulhou o país latino-americano num profundo caos político. Nos últimos quatro meses, morreram pelo menos 84 pessoas manifestações contra e a favor do Governo de Maduro, segundo dados oficiais.

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