Atentado na Rússia: O primeiro funeral e a união de Moscovo a São Petersburgo
  • há 7 anos
Realizou-se esta quinta-feira o funeral da primeira das 14 vítimas mortais do atentado de segunda-feira no metro de São Petersburgo.

Cerca de meia centena de pessoas estiveram ao lado da família, no adeus a Irina Medyantseva, de 50. Esta artesã de bonecas seguia com a filha, Alyona, de 29, no metro onde se deu a explosão.

A filha de Iryna Medyantseva faz parte dos cerca de 50 feridos, terá sido protegida pelo corpo da mãe, está ainda nos cuidados intensivos, mas em situação estável.

Em São Petersburgo decorreu, entretanto, uma cerimónia junto ao local onde se deu a explosão em memória das vítimas, com flores a serem depositadas junto à entrada da trágica estação de metro do Instituto Tecnológico.

O dia seguinte ao atentado em São Petersburgo

Uma das presentes acredita que participar na cerimónia era “um dever” porque ser atingido por um ataque destes “podia ter acontecido a qualquer um.”

Uma outra, mais velha, sublinha fazer parte da “geração pré-guerra”. “Sobrevivi ao cerco de Leningrado e vivi situações similares (a esta em São Petersburgo). Vi-as com os meus próprios olhos. Vi os mortos, vi tudo. Sei o que significa”, disse.

Além do primeiro funeral e da cerimónia de São Petersburgo, também em Moscovo milhares de pessoas juntaram-se diante das muralhas do Kremlin para lembrar as vítimas e dizer “não” ao terrorismo.

#ПИТЕРМЫСТОБОЙ: в Москве прошел вечер памяти жертв теракта в Санкт-Петербурге https://t.co/nZIfp5Xqi6
Видео: ТАСС/Ruptly pic.twitter.com/rD8eEiIKdV— ТАСС (@tass_agency) 6 de abril de 2017

A investigação do ataque, entretanto, continua. Esta quinta-feira, a polícia russa efetuou uma rusga no edifício residencial em São Petersburgo e desativou um engenho explosivo similar ao que terá sido usado no atentado suicida de segunda-feira. Armas de mão e munições foram também encontradas no local.

Pelo menos oito homens foram detidos por associação ao ataque, seis em São Petersburgo e dois em Moscovo, revelou Svetlana Petrenko, porta-voz da comissão de investigação russa.

O suspeito do atentado de São Petersburgo
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