Economia Social e Solidária em afirmação na União Europeia

  • há 7 anos
A Economia Social e Solidária (ESS) é o conceito na base do SUSY (SUstainable and Solidarity EconomY), um projeto financiado pela União Europeia que reúne mais de 20 associações de 23 países europeus, incluindo o Instituto português Marquês de Valle Flôr, e que já emprega no setor cerca de 11 milhões de pessoas. A ESS é também o tema desta edição de Business Planet, o magazine sobre Pequenas e Médias Empresas (PME) da euronews.

 
Que conceito económico é este da ESS?
“A Economia Social e Solidária é um movimento que pretende promover a mudança em todo o sistema social e económico, defendendo um paradigma de desenvolvimento diferente assente nos princípios da Economia Solidária. A Economia Social e Solidária é assumida como uma dinâmica de reciprocidade e solidariedade que concilia os interesses individuais com os coletivos”, lê-se na página oficial da União Europeia, citando a Rede Intercontinental para a Promoção da Economia Social e Solidária.

“De forma mais simples, a Economia Social e Solidária pretende promover e criar condições de vida dignas para todos e todas a uma escala glocal. Significa que a economia reconhece as necessidades de todas as pessoas ao invés de criar mais necessidades – e permite criar as condições necessárias para estabelecer políticas nacionais e internacionais que tornem a ESS uma realidade”, lê-se no site oficial do Instituto Marquês de Valle Flôr.

A Rede Portuguesa de Economia Solidária (RedPES) descreve este conceito como resultado dos “processos, formais ou informais, de produção, troca, consumo, distribuição, geração de rendimentos, poupança e investimento, que conjugam Economia com Solidariedade, Perspetiva Ecológica, Diversidade Cultural, Reflexão Crítica, Democracia Participativa e Desenvolvimento Local.”

Nesta edição, deslocámo-nos a Paris para falarmos um pouco com a Secretária de Estado da Economia Social e Solidária de Michel Sapin, o ministro francês da Economia e Finanças. Ao nosso enviado especial, Serge Rombi, Martine Pinville sublinhou que a Economia Social e Solidária já não é “de todo” um setor marginal na Europa.

“Só em França representa 10 por cento do PIB, com mais de dois milhões de empregos, o que representa 14 por cento do emprego privado do país”, revela a também secretária de Estado do Comércio, do Artesanato e do Consumo.

L’#ESS et l’accompagnement des entrepreneurs ont été des priorités de ce quinquennat et le succès du #SDE2017 est à l’image de nos réussites pic.twitter.com/ETvTxblgCN— Martine Pinville (@MartinePinville) 2 de fevereiro de 2017

A alguns quilómetros da capital francesa, Serge Rombi foi conhecer um exemplo de um negócio social e solidário: a União de Ferreiros, uma cooperativa metalúrgica fundada em 1912 e ainda hoje a funcionar com cerca de uma centena de trabalhadores a produzir peças metálicas para diversos fins.

O volume de negócios ronda os 20 milhões de euros por ano e — realce-se — esta empresa solidária tem apresentado sempre resultados positivos.

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