Rakiya Abubkar é a 24.a rapariga de Chibok resgatada: voltou com um filho

  • há 7 anos
O Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, saudou o resgate de mais uma das mais de 270 raparigas raptadas em Chibok, no estado de Borno, há mais de dois anos e meio pelo grupo extremista islâmico Boko Haram.

President MBuhari welcomes the recovery of another Chibok schoolgirl, Rakiya Abubakar, in the Alagarno area of Damboa LGA of Borno State.— Garba Shehu (GarShehu) 5 de janeiro de 2017

Com um bebé de seis meses nos braços, Rakiya Abubkar terá sido localizada pelo exército nigeriano após a captura e interrogatório de supostos membros do grupo “jihadista.”

A agora mulher pôde juntar-se a outras duas antigas estudantes também raptadas pelos extremistas e já resgatadas.

1. #Troops recover another chibok schl girl. Rakiya Abubakar was a SS3 student before her abduction with her school mates on 14th April 2014— DEFENCE HQ NIGERIA (@DefenceInfoNG) 5 de janeiro de 2017

O governador de Borno, estado situado no nordeste da Nigéria, assumiu-se “emocionado”. Kashim Shettima disse ter “esperança” e estar “a rezar para que as tropas nigerianas consigam nos próximos dias ou semanas resgatar todas as outras raparigas de Chibok.”

O rapto ocorreu na noite de 14 para 15 de abril de 2014. De acordo com o Governo nigeriano, 276 estudantes foram levadas de uma escola de Chibok, no estado de Borno, pelo grupo extremista Boko Haram e usadas, por exemplo, como escravas sexuais dos militantes.

Pelo menos 57 raparigas terão conseguido escapar e pelo menos 24 foram, entretanto, resgatadas — vinte em outubro, ao abrigo de um acordo mediado pela Cruz Vermelha Internacional.

ANOTHER CHIBOK SCHOOLGIRL FOUND...

Rakiya Abubakar Gali! (Number 49 on our list.)24 found, 195 more to go. pic.twitter.com/uswdohSQy4— Emman Shehu (@prohabe) 5 de janeiro de 2017

Algumas das agora mulheres que regressaram a casa, voltaram com filhos nos braços e contaram que algumas das colegas haviam morrido ou sido mortas pelos captores.

O Boko Haram é um grupo extremista islâmico sediado no nordeste da Nigéria, mas a operar também no Chade, no Níger e no norte dos Camarões. Estima-se que esta organização terrorista africana já tenha assassinado 15.000 pessoas e obrigado a deslocar mais de dois milhões só nos últimos sete anos, período em que tem vindo a tentar criar um califado na região.

O exército da Nigéria lançou uma ofensiva contra o grupo em 2015 e tem vindo a ganhar terreno aos “jihadistas”, com o grupo a responder com atentados suicidas em várias zonas.

In 2016, 22 of our beloved Chibok girls were reunited with their families, giving us hope that those still in captivity will return safely.— Muhammadu Buhari (@MBuhari) 31 de dezembro de 2016