Uma nova esperança de vida para os bebés prematuros

  • há 8 anos
Os pacientes de uma unidade de cuidados intensivos de um hospital de Milão estão entre os mais vulneráveis. São bebés prematuros. Para melhorar a gestão dos seus cuidados este hospital de Milão está a testar uma nova ferramenta para reduzir o risco de lesões cerebrais.

Helping preterm babies. #BabyLuxProject device in Copenhagen & working in the #NICU https://t.co/Hqd3BZtmnh pic.twitter.com/5idzCgZELh— Fondazione PoliMi (@FondaPoliMi) 22 de junho de 2016

Os primeiros dias de vida dos bebés prematuros são cruciais. Os seus órgãos não estão, suficientemente, desenvolvidos. É fundamental um acompanhamento médico constante. O risco de complicações é elevado, particularmente, nas que nasceram antes dos sete meses de gravidez, mais de 25.000, por ano, na Europa:

“O risco de lesões cerebrais e complicações crónicas aumenta quanto mais prematuro for o bebé. Quanto mais prematuro for, o risco de morrer ou de ter uma lesão cerebral significativa ou deficiência, é de 25%. Nós, profissionais de neonatologia, somos bons a lidar com problemas respiratórios mas não na proteção do cérebro. Precisamos de instrumentos que nos ajudem a medir os níveis de oxigénio e de sangue que chegam ao cérebro”, adianta Gorm Greisen, professor de pediatria no Hospital Universitário de Copenhaga.

Filming in Milano an intensive care unit for premature babies for #futuris euronews. Story on air on 17/10 pic.twitter.com/BgfTqGdeHJ— anne devineaux (annedevineaux) 12 de outubro de 2016

Para colmatar esta necessidade foi desenvolvido o Babylux, que é ainda um protótipo, parte de um projeto de investigação europeu. O instrumento está a ser testado em bebés que cumpriram o período de gestação, em hospitais de Copenhaga e Milão:

“Esta tecnologia, altamente sofisticada, consiste numa luz que sai destes emissores. O sensor é colocado na cabeça do recém-nascido. Mesmo o instrumento sendo, completamente, seguro deve colocar-se uma pequena proteção nos olhos do recém-nascido”, explica Monica Fumagalli, neonatologista no Ospedale Maggiore Policlinico, de Milão.

Esta tecnologia ótica, não invasiva, permite medições precisas, e em tempo real, dos níveis de oxigenação e fluxo sanguíneo, que chegam ao cérebro:

“Os cuidados intensivos neonatais são, extremamente, stressantes para os pais. O objetivo para nós é encontrar um equilíbrio entre a tecnologia, que pode mudar o diagnóstico destes bebés e o seu conforto”, refere Fumagalli.

Nove universidades e hospitais, de toda a Europa, colaboraram no desenvolvimento deste protótipo. O coordenador do projeto trabalha no Departamento de Física da Universidade Politécnica de Milão:

Anne Devineaux: “O que estamos a fazer aqui representa o que se passa na cabeça de um bebé?

Alessandro Torricelli, Físico: “Sim, uma fibra ilumina o cérebro e uma segunda recebe a luz. A luz infravermelha passa através dos tecidos orgânicos. Esta técnica complementa a Ressonância Magnética, já que nos dá a mesma informação mas com uma tecnologia mui

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