Colômbia: "Não" ao acordo de paz, sim a quê?
- há 8 anos
O inesperado “Não” saído do referendo ao acordo de paz com as Forças Armadas da Colômbia (FARC) mergulhou a Colômbia na incerteza e na suspensão sobre o caminho do futuro.
Com uma vitória magra de pouco mais de 55 mil votos sobre o “Sim”, o resultado fixou-se em 50,21% contra 49,78%. A abstenção, geralmente alta no país, atingiu os 62% sobre os 34,9 milhões dos eleitores inscritos.
Designé a H. De la Calle, María Á. Holguín y Luis C. Villegas para diálogos con el CeDemocratico y acabar pronto la guerra con las Farc pic.twitter.com/ljDb6GSAqM— Juan Manuel Santos (JuanManSantos) October 4, 2016
Um acordo de paz renegociado parece depender agora da aceitação por parte das FARC de sanções contra a guerrilha.
Os defensores do “Não” querem garantias de que os rebeldes entregam o dinheiro proveniente do tráfico de droga, cumprem penas de prisão e ganham o seu futuro político nas urnas ao invés de o garantirem através do acordo obtendo lugares não elegíveis no Senado.
#ActualidadFARC Comunicado: Las FARC_EPueblo permanecerán fieles a lo acordado. https://t.co/4yBKhkBvnA pic.twitter.com/aLJaiMNKhT— FARC-EP (FARC_EPueblo) October 3, 2016
O acordo assinado oferece a possibilidade de os guerrilheiros entregarem as armas às Nações Unidas, confessarem os crimes e formarem um partido político com raízes na ideologia marxista.
As FARC, que tiveram origem numa revolta campesina em 1964, teriam a possibilidade de concorrer às presidenciais de 2018 e às eleições legislativas e teriam 10 lugares garantidos no Senado em 2026.
Alvaro Uribe, ex Presidente da Colômbia com importantes vitórias militares sobre as FARC, liderou a campanha pelo “Não” desde que o actual Presidente,Juan Manuel Santos, deu inicio às negociações de paz em 2012 e que se mantiveram por 4 anos, em Havana, culminando a 26 de setembro com a assinatura do acordo, em Cartagena.
Frente al resultado del Plebiscito pic.twitter.com/KWf5ZuyqFa— Álvaro Uribe Vélez (@AlvaroUribeVel) October 3, 2016
Descrevendo as negociações como demasiado indulgentes para com os guerrilheiros e como sendo um embaraço nacional, Uribe acusou Santos, outrora seu aliado, de vender os colombianos ao prometer à guerrilha lugares no Senado em vez de celas prisionais.
Uribe mobilizou milhões de colombianos contra o acordo de paz, fazendo mesmo manifestações nas ruas de Cartagena, enquanto figuras internacionais aplaudiam a assinatura formal do acordo.
Segundo o senador de esquerda Antonio Navarro Wolff, um ex guerrilheiro que desmobilizou em 1990, “Uribe é o grande vencedor” face ao resultado do referendo, uma vez que “o seu candidato presidencial está agora posicionado em primeiro lugar para as presidenciais de 2018”.
Enquanto Presidente, a forte campanha militar de Uribe contra as FARC parecia por vezes roçar a vingança pessoal. O seu pai foi assassinado pelos rebeldes num rapto e alguns colombianos parecem acreditar que só estará satisfeito quando as FARC forem esmagadas em campo de batalha.
Com Juan Ma
Com uma vitória magra de pouco mais de 55 mil votos sobre o “Sim”, o resultado fixou-se em 50,21% contra 49,78%. A abstenção, geralmente alta no país, atingiu os 62% sobre os 34,9 milhões dos eleitores inscritos.
Designé a H. De la Calle, María Á. Holguín y Luis C. Villegas para diálogos con el CeDemocratico y acabar pronto la guerra con las Farc pic.twitter.com/ljDb6GSAqM— Juan Manuel Santos (JuanManSantos) October 4, 2016
Um acordo de paz renegociado parece depender agora da aceitação por parte das FARC de sanções contra a guerrilha.
Os defensores do “Não” querem garantias de que os rebeldes entregam o dinheiro proveniente do tráfico de droga, cumprem penas de prisão e ganham o seu futuro político nas urnas ao invés de o garantirem através do acordo obtendo lugares não elegíveis no Senado.
#ActualidadFARC Comunicado: Las FARC_EPueblo permanecerán fieles a lo acordado. https://t.co/4yBKhkBvnA pic.twitter.com/aLJaiMNKhT— FARC-EP (FARC_EPueblo) October 3, 2016
O acordo assinado oferece a possibilidade de os guerrilheiros entregarem as armas às Nações Unidas, confessarem os crimes e formarem um partido político com raízes na ideologia marxista.
As FARC, que tiveram origem numa revolta campesina em 1964, teriam a possibilidade de concorrer às presidenciais de 2018 e às eleições legislativas e teriam 10 lugares garantidos no Senado em 2026.
Alvaro Uribe, ex Presidente da Colômbia com importantes vitórias militares sobre as FARC, liderou a campanha pelo “Não” desde que o actual Presidente,Juan Manuel Santos, deu inicio às negociações de paz em 2012 e que se mantiveram por 4 anos, em Havana, culminando a 26 de setembro com a assinatura do acordo, em Cartagena.
Frente al resultado del Plebiscito pic.twitter.com/KWf5ZuyqFa— Álvaro Uribe Vélez (@AlvaroUribeVel) October 3, 2016
Descrevendo as negociações como demasiado indulgentes para com os guerrilheiros e como sendo um embaraço nacional, Uribe acusou Santos, outrora seu aliado, de vender os colombianos ao prometer à guerrilha lugares no Senado em vez de celas prisionais.
Uribe mobilizou milhões de colombianos contra o acordo de paz, fazendo mesmo manifestações nas ruas de Cartagena, enquanto figuras internacionais aplaudiam a assinatura formal do acordo.
Segundo o senador de esquerda Antonio Navarro Wolff, um ex guerrilheiro que desmobilizou em 1990, “Uribe é o grande vencedor” face ao resultado do referendo, uma vez que “o seu candidato presidencial está agora posicionado em primeiro lugar para as presidenciais de 2018”.
Enquanto Presidente, a forte campanha militar de Uribe contra as FARC parecia por vezes roçar a vingança pessoal. O seu pai foi assassinado pelos rebeldes num rapto e alguns colombianos parecem acreditar que só estará satisfeito quando as FARC forem esmagadas em campo de batalha.
Com Juan Ma