Clinton/Trump: A reação dos mercados ao primeiro debate presidencial

  • há 8 anos
A economia era tema de debate entre Hillary Clinton e Donald Trump e há um ponto que atraiu muita atenção: o NAFTA ou Tratado norte-americano de Livre Comércio.

O tratado, assinado nos anos noventa durante a presidência de Bill Clinton, envolve Estados Unidos, Canadá e México.

Segundo Donald Trump, o NAFTA é o “pior acordo comercial de sempre”, pois destrói empregos nos Estados Unidos.

A equipa de Trump felicitou-se do grande interesse suscitado pelo argumento do candidato republicano.

.realDonaldTrump calling out HillaryClinton’s support for NAFTA = most searched moment during tonight’s debate. #Debates2016 pic.twitter.com/ooclo3Nozb— Official Team Trump (@TeamTrump) 27 de setembro de 2016

O candidato republicano voltou a usar a Ford como um dos exemplos da deslocalização das empresas norte-americanas para o México, depois do construtor automóvel norte-americano ter anunciado, recentemente, que vai passar a produzir os pequenos veículos no país vizinho.

A Ford retaliou. Em pleno debate televisivo, a empresa garantiu, nas redes sociais, que está a investir e a contratar pessoal nos Estados Unidos e não a despedir.

Ford has more hourly employees and produces more vehicles in the U.S. than any other automaker. pic.twitter.com/k15cqknsvX— Ford Motor Company (@Ford) 27 de setembro de 2016

As sondagens indicam que Hillary Clinton venceu o debate, o que impulsionou a divisa mexicana face ao dólar e as bolsas.

From FastFT: There was been a “bigly” move in the Mexican peso during the presidential debate https://t.co/LrmoS3C9mM #debate2016 pic.twitter.com/jiri6jACXO— Financial Times (FT) 27 de setembro de 2016

Até novembro espera-se turbulência nos mercados.

O analista Robert Halver adianta: “Trump tem, provavelmente, também uma ideia diferente da economia mundial, do livre comércio que destabilizaria o resto do mundo. Por isso, os mercados ficarão mais calmos se Clinton vencer. Mesmo assim, se Trump ganhar, haverá, certamente, uma onda de choque e entorpecimento, mas os mercados voltarão a subir, porque, mesmo Donald Trump não pode ignorar a ordem mundial, por completo”.

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