Stalin e o Marxismo

  • 6 years ago
O final do século XIX e o começo do século XX foi uma época cheia de mudanças para o Mundo.

De uma certa maneira as coisas começaram a ficar mais interligadas, mais conectadas. Podemos dizer que os avanços tecnológicos permitiram que informações, pensamentos, ideias e ideais transpusessem as fronteiras geográficas.
Um mundo globalizado.

Com o desenvolvimento das indústrias iniciado no governo do czar Nicolau II e com a aproximação da Europa Ocidental, novas ideologias e correntes políticas foram chegando e se instaurando no território russo.

Talvez a principal delas tenha sido o marxismo, que acabou originando em 1898, na cidade de Minsk, o Partido Operário Social-Democrata Russo.

Eles acreditavam no verdadeiro potencial do proletariado russo, ou melhor, de acordo com a dialética de Hegel e com o materialismo histórico de Marx o único jeito de acabar com a existência das classes sociais e levar a sociedade a um próximo estágio de evolução era a revolução do proletariado.

O lance era o seguinte: para eles a igualdade jurídica conquistada com as revoluções burguesas eram apenas um jeito de acabar com os privilégios da aristocracia, mas no fundo ela não alterou o esquema antigo de uma classe dominante, a tese, e uma classe subordinada, a antítese.

Segundo Marx nós também deveríamos caminhar no sentido da igualdade das condições materiais de existência. Mas o que seriam as condições materiais de existência?

Basicamente o contexto social em que vivemos. Nosso acesso à educação, alimentação, moradia, as RELAÇÕES DE TRABALHO E PRODUÇÃO e por aí vai... A treta é que se você interpretar isso ao pé da letra a impressão que fica é que ele estava dizendo para sermos todos iguais, o que não era bem o caso...

E por que queriam lutar pela igualdade das condições materiais de existência?

Porque assim a causa principal dos conflitos históricos deixaria de existir, pois não haveria mais divisões sociais entre nós uma vez que os padrões de consumo seriam bem parecidos. Não teria mais TESE, nem mais ANTÍTESE...

E qual o caminho eles visualizavam para atingirem tal nível de evolução social?

Se tomarmos como exemplo a história da humanidade uma das conclusões que certamente poderíamos tirar é que as mudanças sociais se originaram dos atritos entre as diversas teses e antíteses que existiram, porém quando a mudança em questão chega ao ponto de transformar estruturalmente a sociedade em que ela ocorreu dizemos que houve uma síntese entre TESE e ANTÍTESE e que uma nova ordem se originou, ou seja, uma nova TESE e uma nova ANTÍTESE.

Um exemplo claro disso é a Revolução Francesa. A TESE era a NOBREZA e a ANTÍTESE a burguesia e então certa época eclodiu a Revolução Burguesa na França, que nada mais foi do que o processo de síntese e dessa síntese emergiu uma nova ordem, com novas regras (melhores ou não) e novos integrantes. A TESE passou a ser a burguesia e a ANTÍTESE começou a ser definida como o proletariado.

Como na época de Marx a ANTÍTESE era esse tal de proletariado ele não pôde deixar de inferir que o único jeito de uma síntese ocorrer seria através de uma revolução que partiria do próprio proletariado.

O socialismo defendido por essa galera entrava muito em conflito com ultrapassado modelo absolutista da monarquia russa.
Por isso ele foi alvo de severas perseguições por parte da polícia política, os Okhrana. A prova disso é que em maio de 1898 grande parte de seus delegados foram presos e o partido foi dissolvido dentro da Rússia.

Na época os principais líderes do POSDR eram: Gueorgui Plekhanov, Vladimir Ilych Ulyanov (vulgo Lênin) e Lev Bronstein (vulgo Trotsky).

Entretanto essa estrutura meia dispersa e o fato de que na verdade o POSDR surgiu do agrupamento de diversos grupos políticos fez com que aflorassem algumas desavenças e diferenças do partido.

Isso tudo levou a uma ruptura em 1903. Dessa ruptura surgiram dois grupos:

- Os mencheviques, ou, a minoria: tinham uma opinião mais moderada. Achavam que era possível conquistar o poder pelas vias políticas tradicionais e que ainda deveriam aguardar um momento mais sólido da economia para realmente agirem.

- Os bolcheviques, ou, a maioria: liderados por Lenin, estes acreditavam que deveriam lutar por uma estrutura de poder centralizada, que deveriam trabalhar sem alianças com outros grupos, que uma simples reforma salarial não seria suficiente.

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